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Ana Cristina Costa, administradora do Grupo Daimic e ex-administradora da Protejja seguros 

“Os ‘reportes’  da Arseg são piores que os da AGT”

28 Sep. 2022 Grande Entrevista

Crítica a Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (Arseg) por exigir às seguradoras que entreguem ‘reportes’ trimestrais sem que tenham as contas fechadas. Lamenta a existência de contratos com base em ‘favoritismos’, do modelo da extinta AAA, e não poupa as petrolíferas, acusando-as de “manipularem e influenciarem”. Ana Cristina Sousa Costa também censura a forma pouco pedagógica da AGT pelas falhas recorrentes do sistema informático que acaba por penalizar os contribuintes.

 

“Os ‘reportes’  da Arseg são piores que os da AGT”

Como olha para  o sector dos seguros em Angola? 

A área seguradora tem um leque de oportunidades muito elevado, porque o seguro é ainda algo que as pessoas desvalorizam, só pensam naqueles seguros obrigatórios. Mas há uma panóplia de oportunidades na área seguradora, para que haja um tratamento diferente. O risco acontece em quase tudo, os seguros conseguem cobrir quase tudo, ainda é aqui pouco desenvolvido. As pessoas ainda não têm em mente que o facto de se pagar um seguro não é um custo, é algo vantajoso, em que caso haja uma adversidade protege uma série de situações. Por exemplo, quando tenho um ‘stand’ com várias viaturas, se ocorre um incêndio e tudo queima, não tenho seguro, posso fechar as portas se não conseguir substituir o prejuízo. Se tiver um seguro devidamente acautelado, terei a reposição desse risco.

O que falta é conhecimento?

Sim, falta é literacia de seguros. É engraçado que a Arseg tenha feito, nos últimos tempos, algumas actividades, comunicações até nas redes sociais neste sentido, de dissipar dúvidas relativamente às seguradoras, porque dizem que fazem seguros, mas as seguradoras nunca pagam nada ou estão sempre a fugir. Há aqui uma necessidade de mudar este pensamento através da construção de uma literacia por parte das autoridades, com maior enfoque na simplicidade da comunicação para que as pessoas possam entender e aderir a esta realidade. Por outro lado, as companhias têm de agilizar constantemente os processos e procedimentos. Quando a pessoa tem um sinistro não demorarem meses a resolver. Embora esteja na lei que os custos têm de ser resolvidos em 30 dias, sabemos que em alguns momentos isso não acontece. 

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